quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O Juiz

O Juiz (The Judge, EUA, 2014) – Nota 7,5
Direção – David Dobkin
Elenco – Robert Downey Jr, Robert Duvall, Vera Farmiga, Vincent D’Onofrio, Billy Bob Thornton, Jeremy Strong, Dax Shepard, Leighton Meester, Ken Howard, Emma Tremblay, Balthazar Getty, David Krumholtz, Grace Zabriskie, Denis O’Hare, Sarah Lancaster.

Hank Palmer (Robert Downey Jr) é um advogado de sucesso que enriqueceu defendendo criminosos ricos. Sua vida aparentemente perfeita esconde a traição da esposa e o iminente divórcio. Para piorar, Hank recebe a notícia de que sua mãe faleceu. Para acompanhar o enterro, ele é obrigado a voltar para uma pequena cidade em Indiana onde nasceu e reencontrar a família. 

Hank se afastou da família por conta de conflitos com o pai Joseph (Robert Duvall), que é juiz na cidade. O complicado reencontro faz emergir situações mal resolvidas com o irmão (Vincent D’Onofrio) e a ex-namorada (Vera Farmiga). Mas como tudo sempre pode ficar pior, a visita que seria de dois dias, acaba por se estender quando o velho juiz é acusado de atropelar e matar um sujeito. Hank precisará superar o passado para defender o pai na justiça. 

Este longa se enquadra no tipo de produção planejada especificamente para beliscar algum Oscar. Ao mesmo tempo em que o roteiro prende a atenção do espectador nas quase duas horas e meia de duração, ele se mostra esquemático e sem surpresas. São várias situações comuns aos dramas hollywoodianos. Temos trauma familiar, volta para casa, doença, amores mal resolvidos e até o clássico filme de tribunal. 

Mesmo sem surpresas, o ponto positivo é o embate de interpretações entre Robert Downey Jr e o veteraníssimo Robert Duvall, este último com enormes chances de concorrer ao Oscar. As personalidades fortes e os pontos de vistas diferentes geram interessantes cenas de discussão, além de uma sequência extremamente sensível no banheiro, que mostra um verdadeiro relacionamento entre o pai idoso e o filho. 

O filme também é uma mudança na carreira do diretor David Dobkin, responsável por comédias como “Penetras Bons de Bico” e “Bater ou Correr em Londres”, aqui ele vira a chave e tenta a sorte no drama. 

Mesmo sendo correto e bem filmado, faltou arriscar um pouco mais no roteiro.

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