sábado, 2 de maio de 2015

Os Quatro Desconhecidos & O Mundo Odeia-me


Os Quatro Desconhecidos (Kansas City Confidencial, EUA, 1952) – Nota 7,5
Direção – Phil Karlson
Elenco – John Payne, Coleen Gray, Preston Foster, Neville Brand, Lee Van Cleef, Jack Elam.

Em Kansas City, um sujeito (Preston Foster) contrata três ladrões (Neville Brand, Lee Van Cleef e Jack Elam) para assaltarem um carro forte que carrega um milhão de dólares. A questão é que o mentor do plano não se identifica, ele encontra os vigaristas utilizando uma máscara, que por outro lado também não se conhecem. O assalto é um sucesso e o homem marca para o bando se reencontrar numa pequena cidade do México para dividir o dinheiro. 

Como a quadrilha utilizou um furgão idêntico ao de uma floricultura, o entregador de flores Joe (John Payne) acaba se tornando suspeito do crime. Joe um ex-detento que tentava retomar a vida honesta. Percebendo que foi utilizado como isca e conhecendo o submundo da cidade, Joe decide investigar o caso e seguir as pistas atrás da sua parte na fortuna roubada. 

O ponto principal deste interessante longa policial é a trama bem amarrada, que prende a atenção do espectador desde a armação do plano, passando pelo assalto, até o jogo de gato e rato entre ladrões que acontece no México. 

Vale destacar ainda o sinistro trio de ladrões interpretados por atores especialistas em vilões, principalmente em westerns. Para os cinéfilos é legal ver Lee Van Cleef, Jack Elam e Neville Brand ainda jovens. 

O Mundo Odeia-me (The Hitch-Hiker, EUA, 1953) – Nota 7,5
Direção – Ida Lupino
Elenco – Edmond O’Brien, Frank Lovejoy, William Talman.

Dois amigos (Edmond O’Brien e Frank Lovejoy) viajam em uma caminhonete em direção a uma cidade no México com o objetivo de pescar. No meio da estrada, eles dão carona a um sujeito (William Talman), que aparentemente está com o carro sem gasolina. O que eles não imaginam é que o caronista é um psicopata procurado pela polícia, autor de vários assassinatos na estrada. Começa então uma viagem cheia de tensão pelo interior do México. 

Este trabalho é provavelmente o único filme noir dirigido por uma mulher. Nos anos quarenta, a inglesa Ida Lupino era famosa em Hollywood tanto pelas atuações, quanto pela forma dura em negociar contratos e papéis. Após vários conflitos com os estúdios, Ida e seu então marido Collier Young, criaram uma pequena produtora e logo fizeram uma parceria com a RKO, conhecida por bancar filmes de baixo orçamento. 

De 1949 a 1953, Ida Lupino dirigiu sete filmes, antes de migrar para a tv, onde trabalhou como atriz e diretora em diversos seriados. Este “O Mundo Odeia-me” é considerado seu melhor filme como diretora, principalmente pela tensão, pelo ótimo roteiro que esconde uma surpresa revelada apenas no meio da trama e o assustador vilão interpretado por William Talman. 

Apesar do horroroso título nacional, vale a sessão para quem gosta do gênero.

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