terça-feira, 7 de março de 2017

O Grande Ataque

O Grande Ataque (The Great Raid, EUA / Austrália, 2005) – Nota 7
Direção – John Dahl
Elenco – Benjamin Bratt, James Franco, Joseph Fiennes, Connie Nielsen, Max Martini, Marton Csokas, Logan Marshall Green, Robert Mammone, Natalie Mendoza, Clayne Crawford, Sam Worthington.

Filipinas, 1942. Milhares de soldados americanos e filipinos são obrigados a se render aos japoneses após o General MacArthur receber ordens para retirar suas tropas do Pacífico e seguir para África. 

Os japoneses obrigam os prisioneiros a seguirem a pé por mais de cem km até um campo de concentração. Muitos morrem pelo caminho. Os sobreviventes são tratados como animais durante três anos. 

No início de 1945, o exército americano encarrega o Coronel Mucci (Benjamin Bratt) para comandar uma missão de resgate. Em meio a selva filipina, um batalhão de jovens soldados segue um plano montado pelo Capitão Prince (James Franco). 

Baseado em uma terrível história real, este longa foge do lugar comum ao deixar de lado a luta entre aliados e nazistas para mostrar as sangrentas batalhas que ocorreram entre americanos e filipinos contra os japoneses. 

Diferente dos soldados alemães, que em sua maioria foram obrigados a lutar na guerra, para os japoneses era uma questão de honra defender o país com a própria vida. Rendição era uma vergonha que deveria ser punida com a morte. Essa “sede” por vitória criada pelo governo japonês resultou em um exército de kamizakes, fato mostrado com mais crueza ainda no recente “Até o Último Homem”. 

O roteiro aqui utiliza três quartos para mostrar a montagem do plano e o deslocamento dos soldados americanos, em paralelo com o sofrimento dos prisioneiros liderados pelo Major Gibson (Joseph Fiennes). Uma terceira narrativa segue a líder da resistência nas Filipinas (Connie Nielsen), que atuava também enviando remédios clandestinamente para os prisioneiros. Apesar de ser verdadeira, esta terceira trama é a mais fraca e em alguns momentos faz o filme perder o ritmo, parecendo deslocada em meio a proposta principal. Tudo converge para as boas cenas de ação na meia-hora final. 

Vale destacar que o diretor John Dahl era um especialista em dramas policiais com pitadas de suspense, que aqui se arriscou em um gênero mais ousado. Nos últimos dez anos, ele se transformou em diretor de seriados, deixando de lado o cinema.

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Parece bem bom, Hugo.
Se não fosse uma lista enorme de filmes que vc comenta e que quero vê, ia acrescentar na minha lista.
Gosto de Benjamim Bratt.
Não morro de amores por James Franco.

Vou olhar na minha lista de DVDs o que tenho aqui.
Desses que vc oferece, já vi a maioria.

Sim, o que quero vê é A Difícil arte de Amar escrito por Nora Ephron.
Achei no YouTube mas não tem Legenda(ou Tradução)

Hugo disse...

Liliane - Também tenho uma lista enorme para assistir.

Vou pesquisar para tentar encontrar este filme