terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O Espião Que Saiu do Frio & A Morte Não Manda Aviso


O Espião que Saiu do Frio (The Spy Who Came in from the Cold, Inglaterra, 1965) – Nota 6,5
Direção – Martin Ritt
Elenco – Richard Burton, Claire Bloom, Oskar Werner, Sam Wanamaker, George Voskovec, Rupert Davies, Cyril Cusack, Michael Hordern.

Alec Leamas (Richard Burton) é um espião inglês que atuou por muitos anos na Alemanha Ocidental, criando laços com desertores da Alemanha Oriental. Ao voltar para Inglaterra, ele recebe uma complicada missão. Leamas precisará se passar por desertor e fazer contato com agentes da Alemanha Oriental com o objetivo de comprometer um agente duplo. 

Fiquei surpreso ao ler muitas críticas positivas sobre este arrastado e confuso longa baseado em um livro de John Le Carré. A trama era atual na época ao explorar a espionagem durante a Guerra Fria, porém a história é extremamente complicada para se chegar num objetivo até certo ponto simples. O julgamento clandestino na parte final é no mínimo estranho. 

O ponto mais interessante são as discussões sobre comunismo. A ingenuidade da namorada do protagonista vivida por Claire Bloom, que acredita no comunismo como libertação das pessoas é o exemplo de como muitos jovens são influenciados por essa horrorosa ideologia. A fotografia em preto e branco é outro destaque. 

Infelizmente é um filme que envelheceu mal, mesmo tendo um diretor competente como Martin Ritt, que fez bons filmes como “Norma Rae” e “Conrack”.

A Morte Não Manda Aviso (The Quiller Memorandum, Inglaterra / EUA, 1966) – Nota 6
Direção – Michael Anderson
Elenco – George Segal, Alec Guinness, Max Von Sydow, Senta Berger, George Sanders, Roberto Flemyng.

Berlim Ocidental, anos sessenta. O agente secreto Quiller (George Segal) é encarregado por seu superior (Alex Guinness) para descobrir a sede de um grupo de neonazistas que tentam manter vivas as ideias de Hitler. Quiller consegue pistas através de uma professora de universidade (Senta Berger), mas termina sequestrado pelos inimigos, que também desejam saber o local utilizado como esconderijo pelo serviço secreto inglês. 

Este é mais um entre os diversos longos de espionagem produzidos nos anos sessenta. E como acontece com vários deles, hoje se mostram envelhecidos. O filme praticamente não tem ação, a narrativa é arrastada e até mesmo as atitudes dos personagens são ingênuas, inclusive do protagonista. Um dos poucos destaques fica para a sequência em que o protagonista tenta fugir dos perseguidores, terminando com a explosão de um automóvel. 

A trama sobre um renascimento nazista tinha potencial para um filme melhor.

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

"O espião que saiu do frio" li o livro.
Não lembro de nada.
Mas, linguagem escrita as vezes é até mais confusa que do cinema.

Hugo disse...

Liliane - É um filme que envelheceu mal.